Eu costumava escrever.
Eu costumava escrever. Escrevia, durante horas, sem perder o fio da história e a meada da linha. Eram histórias, em sua maioria, sobre mim e sobre minhas vivências pessoais, sem sentido aparente algum para leitores. Eu era insistente, até conseguir o que queria. Era tenaz, ia atrás do que queria de modo persistente. Conseguia, nem que fosse à base do grito. E essa insistência toda, dizia minha mãe, era fruto do sangue dos Rochas, que vínhamos de uma estirpe diferente de seres humanos, capazes de tudo e qualquer coisa por suas vontades conquistadas. Ela não estava errada, já que, tem toda a razão. Acredito que fosse mesmo isso. Agora, já com meus 26, quase 27 anos de idade, não vejo mais a perspectiva do "sangue" falando mais alto em minha vida. Sou fruto de escolhas erradas, sempre erradas que fiz. Eu não sei viver. A minha vida é fruto de buscas sem encontros, de despedidas sem viagem. A vida, como ela é. Tenho a alma cansada de mim mesmo. Acredito que não deveria estar n...