Esse amor morreu

O ato de morrer, mas dito assim a morte peca por não ser ato voluntário ou sim?
Bom, comecei matando aos poucos, coloquei-o na distância para que sofresse a deprimência da solidão como eu antes de minha morte. Quando estava fraco, faminto e sedento comi, gozei e fartei-me diante dele, queria que sofresse aos poucos meu desprezo com sua existência.
Ele não me importava nada, fedia como carne podre, abutres no céu confirmavam sua morte próxima.
Então, num gesto de altruísmo o lavei, o limpei, dei lhe de comer e beber, E bebeu, embebedou-se como antes em seu próprio ego! Podre dele, mal sabía de seu triste e solitário fim.
Ligou-me pedindo clêmencia  e a queria de verdade, claro que a neguei, não podia deixar que tivesse uma ideia equivocada sobre minha capacidade de matar. E então menti, o vi e fiz renascer suas esperanças mais sinceras de sobreviver. E o matei, de um golpe seco e rápido de esquecimento.



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